TRZCIANA: 1a Semana! ~ 1st Week! . 16-20.01

     Após alguns dias conhecendo a capital Varsóvia e cerca de 3 horas de trem (em vagão de 8 lugares frente à frente e café a bordo), cheguei com Joanna a Cracóvia, antiga capital e até hoje a cidade mais visitada da Polônia. Nos programas da AIESEC, todo voluntário é monitorado, durante a viagem, por um estudante da AIESEC de origem (no meu caso, Brasília) e outro da AIESEC local (para mim, Cracóvia), entitulado seu “buddy”. Logo que chegamos já encontramos a minha, Beata, no imenso shopping Galeria Krakowska que fica bem ao lado da estação. Me despedi de Joanna e fomos encontrar o casal que me levaria ao vilarejo de Trzciana, minha primeira pousada. Eram na verdade o diretor da escola e a professora de inglês, sua esposa! No percurso de 1 hora já à noite, falamos (com auxílio da tradução de Marta) sobre mim, a região e o ensino. Sem conseguir ver muito a paisagem, só percebi que passavámos por montanhas e neve acumulada.

     Ao chegar na casa onde eu ficaria, quanta surpresa! Sabia que a família tinha morado em Londres então falava algum inglês, mas nem perguntei se era casal, se tinha filho, como morava… No topo de uma colina e com a vista incrível, a casa com paredes de vidro era enorme e bastante confortável. O casal Pawel e Monika, muitíssimo simpático, veio com uma linda menina de 14 anos, Kinga; e logo surgiram Patrick, um garotão de 9 anos, e duas pequenas fofas que achei serem gêmeas, mas eram Maia, de 4, e Gabriela, de 2 anos, sorridentes e curiosas. Também moradores, um labrador de 2 anos crianção chamado Bruno, um peixe e um hamster. Depois de ser apresentada a todos em ritmo de festa, rapidamente já comia bolo, bebia chá e tentava decifrar a conversa entre os adultos em polonês. Não demorei muito pra ir brincar com Maia, a mais animada.. Com a certeza de que eu estava bem instalada, o diretor a professora nos deixaram, e fui levada a conhecer os cômodos. Kinga havia cedido seu quarto pra mim, e só esse já era maior que meu apartamento inteiro em Brasília, com banheiro e closet, no qual ela também havia liberado prateleiras e gavetas para minha chegada. Depois de conversar um pouco mais com os pais, jantar e arrumar minhas coisas, por volta das 20h30 todos já se recolhiam para ir dormir (outro choque: no Brasil, dificilmente vou para cama antes das 23h)!

2a feira

     Como comentei na introdução deste blog, antes de viajar eu estava sem horário fixo de trabalho ou aulas, então vamos dizer que estava acordando… tarde. Pra chegar à escola a tempo, colocando todas as camadas de roupas que um inverno de verdade exige – além de meias, cachecol, protetor de orelha, toca, botas e luvas (Ufa!), precisei acordar àzZz… 6h30. Senta, Livia! Na minha frente apareceram pão, manteiga, queijos, presuntos, geleia e um café quentinho, de uma super máquina que logo me ensinariam a usar, passando o menu para inglês. Levanta, Livia! Atrasadinhas, pegamos carona com a mãe, que deixaria as pequenas na escolinha.

     Kinga me levou a Marta, que me apresentou a sala dos professores e algumas colegas. Eu era a primeira voluntária que a escola recebia, então tudo era novidade não só pra mim, mas para eles! Combinamos de assistir às aulas primeiro, responder a perguntas, e assim irmos vendo com quais turmas trabalhar mais. Foi bem marcante ver todos os estudantes reparando que eu era novidade ali; muitos olhares curiosos e sorrisos no caminho! As classes são divididas em alunos avançados e regulares, sendo 2 turmas para cada série. Os períodos de 45 minutos de aula são intercalados em pausas de 10 minutos, quando os estudantes ficam nos corredores. Absolutamente todos de pele branca, um ou outro com cabelo escuro. Essa escola, pública e a única do vilarejo, é dividida em 2 prédios, para alunos mais novos e mais velhos, e atende também crianças de vilarejos vizinhos ainda menores.

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School in Trzciana!

     As perguntas de cada turma variaram, umas mais tímidas ou comportadas, outras mais falantes. Alguns demoravam a acreditar que de fato eu não entendia uma palavra sequer de polonês (Ora, pareço europeia!), e que para se comunicar comigo teriam mesmo que usar inglês. Fomos em cinco turmas de 6 a 15 anos, e uma pergunta se repetiu em todas: minha idade – unanimamente, ninguém acreditava quando eu dizia ter 30. Indagações sobre minha cor, animal e comida favoritos também apareceram mais de uma vez, reforçando o vocabulário que eles tinham visto em aula. Também queriam saber meus hobbies, por onde eu tinha viajado, se eu gostava do Brasil…

     Por volta das 11:30, fui levada ao refeitório para almoçar junto com as crianças, na mesa dos professores. Batatas, linguiça, vegetais… tudo certo, não precisava fazer desfeita! Para tomar, o mesmo que comentei em Varsóvia, a compota quente. Uma das coisas que até agora estranho é que todos os restos de comida são jogados em um balde aberto, que não faço ideia para onde vai.

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The nicest road to the house!

Após acompanhar Marta em meu primeiro dia na escola, e como Kinga tinha mais aulas, Monika veio me buscar a pé a fim de mostrar o caminho pra casa…

 

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     Acostumada com o termo “lunch” no almoço e “dinner” no jantar, aprendi que na Polônia chamam o almoço de “dinner”. Não só por essa família ter vivido na Inglaterra, mas de modo geral todo o inglês usado é mais britânico do que americano, por razões óbvias. Fato é que mesmo almoçando na escola, todos os dias eu teria almoço também em casa, por volta das 14hs. De novo um prato surgiu à minha frente, e se não comentei ainda, não se preocupem que repetirei algumas vezes… a comida polonesa me ganhou fácil, fácil!

     Na véspera, já tinham me chamado para nadar; ao que eu respondi com cara de “O quê? Nesse frio?!”. Quando o convite foi reforçado, é lógico que disse sim, aceitando o traje de natação de Kinga (costumo levar biquíni ao viajar pois não ocupa espaço e sempre pode ser útil, mas nesse caso deduzi que biquíni brasileiro não seria bem visto no inverno polaco…). Dirigi então com Monika e as menininhas por cerca de 25 minutos até a cidade mais próxima, Bochnia, onde há piscina aquecida para crianças.

     Certamente entre as cenas mais engraçadas desta viagem, foi ajudar as cotoquinhas fofas tooodas encasacadas passarem dos graus negativos para biquininhos, amparar na piscina antes de o professor chegar, e depois refazer todo o ritual, dos biquininhos para a versão congelante! Eu, que não ia entrar pois nem levei toalha, acabei aproveitando a piscina olímpica ao lado para dar umas boas braçadas, pois o corpo tenso do frio já vinha pedindo exercício. Por todo o corredor, imensos secadores de cabelo ficam à disposição, e usá-los com as meninas foi outra farra! Paramos em um mercado para comprar Kinder Ovo, shampoo e outras coisinhas (com a ajuda de Monika, já que a maioria dos rótulos não estão em inglês…). Banho e sopa de tomate em casa… e cama!


3a feira

     Consegui acordar um pouco mais ágil, fazer meu próprio café, comer o que já estava na mesa e acompanhar Kinga conversando no caminho para aula. A dinâmica foi parecida, indo em turmas que não tínhamos ido na véspera, e desta vez ficamos mais na escola das crianças menores, igualmente curiosas com a minha presença.

    Uma turminha em especial logo me conquistou, pois me encheram de perguntas fazendo gestos de coração para minhas respostas, uma menina cantou a letra toda de uma música em inglês que ela havia decorado, e no final da lição ainda perguntaram se eu gostava de cookies, dizendo que trariam na próxima aula! =D

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Play time!

   Outra turminha curiosa foi uma que estava apenas esperando o ônibus escolar, mas que Marta precisava monitorar durante certo tempo. Para distraí-los, ela sugeriu um jogo dizendo que até eu poderia entrar, mas quando começaram a gritar tudo em polonês, desisti! Fiquei tentando entender e decorar os números (1-Jeden; 2-Dva; 3-Trzy; 4-Cztery…) com as explicações de uma menininha fofa de 7 anos que não queria brincar. O principal é que cada um da roda é um personagem ou um número, e fala seu próprio “nome” seguido do de alguém da roda, que deve seguir fazendo o mesmo… quem erra tem que tirar algo. Então, com muitos risos, uma pilha de tênis, casacos e meias foi logo se formando no centro da roda.

     Entre todos os intervalos de aulas, sempre me ofereciam chá ou café, e antes de fechar as 6 aulas deste dia, o almoço foi de novo animado com olhares para mesa onde eu estava. Na saída, Marta me levou a uma loja (em cima de um dos 2 mercados de Trzciana) para comprar um caderno… Tudo o que me ensinavam parecia tão difícil que rapidamente esquecia, então percebi que a única forma de aprender algo em polonês seria anotando! Sabendo voltar pra casa, passei numa loja de roupa e consegui comprar sozinha lindas luvas e uma toca, além de lanchinhos… Me distraí nisso e não vi o tempo passar, e no que voltei fotografando o caminho a mãe e o diretor da escola já tinham até se falado, preocupados com eu ter me perdido!

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Such nice houses!

    O fim do dia foi em casa, e fiquei com Patrick e as meninas por uma hora enquanto Monika foi buscar Kinga na aula de dança. Maia e Gabi fizeram uma boa bagunça, desenhando em meu caderno, brincando de balanço (= meus braços), e trazendo tudo da sala de brinquedos pra me mostrar. O único probleminha foi quando pediam algo difícil, repetindo a palavra incrédulas que eu, Burra!, não entendia… Até agora não consegui saber se ficaram brabas porque não consegui desenhar um coração ou uma nuvem, mas passou… Cosquinhas e sorrisos ajudam e cansam!


4a feira

     Acordar cedo foi ficando mais fácil, e agora já fazia meu próprio café da manhã, mais à vontade na cozinha, antes de caminharmos pra escola. Para os professores, que não falavam inglês mas faziam o possível para eu me sentir bem, passei a dar “Dzién dobry!” (Bom dia!), além de agradecer tudo com “Dziękuję!” (Obrigada!) e “Dziękuję bardzo” (Muito obrigada!) e elogiar com “Bardzo dobry!” (Muito bom!). Apesar de ser realmente difícil entender qualquer coisa pois é tudo muito diferente e eles falam super rápido, uma ou outra palavra entendemos, como “Informacja” (Informação) ou “Konferencja” (Conferência) no mural de avisos… Além de a escrita ser uma incógnita e os sons uma loucura, vale dizer que há inúmeros dígrafos! Ou seja: Trzciana, por exemplo, não se fala como se leria em português, pronunciando cada consoante, mas algo como “Tjxtiana”, o que pra mim até agora é difícil acertar. Outro exemplo – Dziękuję: a pronúncia é algo como “Dgincui-e”! Já deu pra entender que não é simples, né?

     Na sala de alguns alunos mais novos, o tema da aula de inglês era Animais. Após a lição com os animais do livro, mostrei fotos de alguns de nossos animais como macacos, jacarés e tucanos, e outros ainda mais exóticos para eles, como capivara, boto, preguiça, arara e o tuiuiu Mato-Grossense! Os cochichos e olhos arregalados deixavam claro que era tudo novidade.

     Para outra turma, a pedidos, ensinei um pouco de português – minha vez de deixar eles confusos tentando pronunciar palavras como “órgão” ou “inconstitucionalissimamente”! Mas a revanche veio rápido, quando me desafiaram a repetir curtos trava-línguas polonês… Copio o que escreveram em meu caderno, mas não me peçam para repetir!

“Szedt Sasza Sucha szaza”

“Jola nielojalna, Jola lojalna”

“Stót z powytamywanymi nagami”

     Minha presença aos poucos foi sendo assimilada pelos estudantes… Olhares curiosos ainda me perseguiam, mas agora começava a ouvir “Olá!, “Good Morning!” e “Bye Bye!” nos corredores. Ao sair caminhando pra casa, já estava atravessando a rua quando olhei pra trás e vi alguém, mas não identifiquei. Mais uns passos adiante, a figura me alcançou e vi que era uma aluna. Cumprimentei pedindo desculpa por não a reconhecer e ela me abraçou. Questionei se estava tudo bem, ela disse que sim. Falei que estava indo embora, perguntei se ela morava naquela direção e ela disse que não, apontando pro outro lado. Disse que a veria no dia seguinte, me despedindo… Ela sorriu e voltou a seu caminho, no lado oposto! =)

      Nesse terceiro dia na escola, já fui convidada pela secretária, com o auxílio do Google Translator, a aprender a cozinhar um tradicional prato polonês. O que quer dizer que:

  • tomei café da manhã às 7h40,
  • lanchei às 10h,
  • comi o primeiro almoço às 11h30,
  • o segundo almoço às 14h,
  • e às 16h estava indo para casa de Renata fazer algo parecido com nhoque, chamado “Kopytka” (veja como fazer aqui. Minha ‘aula’ foi mais ou menos assim, inclusive no idioma!).

   Assim que entrei no apartamento, no andar de cima de um hospital, fui cumprimentada pelo marido, Daniel, e recebi um bolo enorme e delicioso, junto com chá quentinho pra espantar o frio. Renat20170118_164614-1a (pronuncia-se com o ‘R’ de “barata”) queria aprender inglês, mas para tentar achar as palavras me explicava em polonês, o que como vocês imaginam, não funcionava lá muito… Para pôr a mão na massa, no entanto, nos entendemos super bem! O prato é feito com batatas, leite, ovos, farelos de trigo e queijo branco. Por cima, uma calda com açúcar transforma a comida em algo bem diferente de nhoque, e entendi por que as crianças gostam tanto. Após errar a calda queimando-a (nos distraímos conversando!) e refazê-la, Kopytka estava na mesa!

   Com o tradutor a tira-colos, eles me contaram que estavam construindo uma casa não longe dali, que tinham se conhecido esquiando, curiosidades da região, e ficaram sabendo mais sobre minha vida, as instituições no Brasil, as viagens que havia feito… Me mostraram a planta da casa (que ela, engenheira por formação, tinha escolhido), o álbum do casamento inteiro (amei!), fotos e vídeos sobre as maiores montanhas do sul da Polônia, das cidades históricas, das praias do norte… E me deram mais sobremesas e mais chá. Não satisfeita (Passei o dia todo comendo!!! =O), Renata ainda embrulhou bolos e grandes canudos com creme para eu levar – porque ‘Visita não deve passar fome’! Foram me deixar em casa por volta das 20h, mas o carro não subia a colina que dá acesso à casa, ainda coberta de neve… Ela foi a pé comigo um pedaço, e garanti que estava bem, então ficaram me vendo subir os 100 metros na escuridão total até chegar ao portão.

      Não tive problema para entrar, mas o quintal é grande e Bruno, o labrador crianção quase do meu tamanho, havia se soltado… Na hora do almoço, em um segundo de distração da mãe, ele havia entrado em casa, correndo por todos os cômodos, derrubando vaso de plantas, fazendo todo mundo gritar e rir e dando uma boa canseira até conseguirem botá-lo para fora. Como não vi o carro ao chegar de noite, dá pra imaginar minha situação quando vi Bruno solto… Depois de 15 minutos no frio sendo alegremente atacada, tentando jogar pedaço de folha e osso de plástico longe para ver se ele ia atrás e correndo em vão, com um “Abraço” dele apertamos sem querer a campainha. Para minha imensa felicidade, Monika apareceu, sem entender como ele estava solto e me ajudando a entrar em casa. A placa no portão que eu havia fotografado outro dia continuava indecifrável, mas seus dizeres subitamente ficaram ainda mais claros!

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“Watch out for Bruno!”, I guess!

5a feira

     Manhã de homenagem ao Dia dos Vovôs e das Vovós na Polônia! Ainda em clima natalino (em 19.01!), as crianças mais novas fizeram várias apresentações no ginásio repleto de avozinhos, trazendo canções típicas polonesas e contando a história de Jesus. A comemoração teve direito a abraços, bebidas quentes e sobremesas em seguida.

E como não poderia deixar de ser, os doces oferecidos fizeram parte do resto do meu dia…

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Polish desserts!

     Comecei a preparar apresentações falando, além de quem eu sou, de onde venho e o que faço, mais sobre o Brasil. Para a turma dos mais velhos que não gostava de Geografia, por exemplo, mostrei no mapa-múndi quão distantes estão nossos países, situando o Brasil na América do Sul (5o maior País do mundo, cerca de 50% das fronteiras são com o mar, somos o único que falamos português etc etc), e explicando nossas divisões administrativas em regiões e estados. Segundo eles me contaram depois, essa abordagem mais informal mostrou que geografia não é só decorar nomes de lugares, relevos e tal, algo chato que uma professora aparentemente bem rígida cobra e por isso eles não se interessam. Só de ter alguém novo, simpático, estrangeiro presente na sala falando de forma mais intimista, já vira algo a ser lembrado!

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Peaceful!
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A calm thursday…

Quinta de tarde

foi dia de ficar

em casa…

com cara de inverno,

bem abrigada!

… E de comer sopa de beterraba no jantar!

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Monika, Gabi, and Beet Soup for Supper!

6a feira

     Dormi mais do que podia e corri pra botar todo o aparato de inverno a tempo, sem comer nada. A conversa matinal caminhando com Kinga foi mais apressada, e em voz alta ela memorizava os tópicos que cairiam na prova de alemão – de modo geral, eles estudam inglês e alemão, que substituiu o ensino de russo de algum tempo atrás; e mais raramente, francês ou espanhol. Chegando na sala dos professores, fui recebida com comidinhas preparadas em casa. Segundo a tradição, no dia de homenagem ao Santo patrono do seu nome, você deve levar comidinhas… o que significou um banquete a manhã toda!

    Para a aula de inglês da turma de Kinga, a mais avançada da escola, conforme solicitaram preparei vídeos sobre a música brasileira. Mostrei Sambas tradicionais e atuais, Axé, Forró, Sertanejo (explicando que os temas se repetem e os homens estão sempre sofrendo pelas mulheres…), mas também ritmos que eles identificam e gostam mais, como o Pop (Jota Quest, Capital), Rap (Gabriel o Pensador, D2..), Rock (CPM22, Pity..) e Reggae (Natiruts, Cidade Negra..) brasileiros. Mostrei Tom Jobim, Vinícius e Chico Buarque, é claro, explicando que as letras eram mais elaboradas, mas acharam meio chato… Gostaram de Gilberto Gil, Marisa Monte e O Rappa, sobretudo em shows com imagens do Rio!

     A turminha especial do outro dia me recebeu com os Cookies prometidos e “Welcome, Livia!” escrito no quadro (fofos!!). Como alguns deles participavam de um concurso musical, leram letras de músicas em inglês para eu ajudá-los na pronúncia, e alguns cantaram lindamente.. Curiosos e carinhosos, me rodearam ao final da sala com mais perguntas diversas, e pediram uma foto =D

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Such nice class! =D

     Com a mochila pronta para o fim de semana, após almoçar e terminar as aulas, peguei carona com Marta e uma das professoras que morava em Wieliczka, para conhecer a imensa Mina de Sal!

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     ALGUNS COMENTÁRIOS E CURIOSIDADES:
  • O sul da Polônia é conhecido pelas montanhas, o que faz da paisagem, principalmente no inverno, bem especial!
  • “White coffee” não é feito com grãos brancos como minha mente criativa imaginou; é apenas como os poloneses chamam café com leite
  • Os vilarejos, de forma geral, recebem tão poucos estrangeiros que foi uma loucura, segundo me contaram, quando dois voluntários franceses negros, por ocasião da visita do Papa à Cracóvia na Jornada Mundial da Juventude em 2016, ficaram na casa onde eu morava. Dizem que na hora de escolher as visitas, eles foram dos últimos a serem escolhidos, e quando foram a escola, muitas crianças nunca tinham visto alguém negro, havendo um certo estranhamento inicial…
  • Mesmo sem falar inglês, os adultos na escola me receberam com muitos sorrisos, provando minha teoria de que os poloneses tem um quê de sangue quente! 

10 thoughts on “TRZCIANA: 1a Semana! ~ 1st Week! . 16-20.01

  1. Livia. Fiquei me deliciando com seus relatos ao conhecer e travar contato com este país que é terra natal de meus avos paternos (Koneski). Com certeza a experiência foi incrivel. Certamente voce aprendeu a fazer a sopa de beterraba. Vai ficar me devendo esta, afinal é um dos pratos mais tradicionais da culinaria polonesa alem do nhoque. Meus parabens. Abraços.

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  2. Nossa que experiência incrível Livinha.Tenho certeza que vc acrescentou muito a esas crianças com seus relatos .Estou amando conhecer a Polônia através de seu blog.

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